O bloco de carnaval estava descendo a Avenida da Universidade em direção ao litoral, já quase chegando na Domingos Olímpio quando eu o avistei. Ele estava vestindo uma fantasia de escravo egípcio exibindo um tronco seminu, largo, atlético, muito bem depilado e com uma pele cor de caramelo. Desenhos egípcios feitos com uma maquiagem dourada enfatizavam o peitoral saliente. Essa mesma maquiagem dourada contornava os braços, bem no meio dos bíceps, onde a musculatura faz um cume quando se contrai, salientando não só fibras rígidas, como veias grossas e estufadas. O saiote preto da fantasia cobria as coxas, mas exibia panturrilhas grandes e firmes como pedras, e os pés calçados com sandálias de couro. O rosto trazia um maxilar largo, sem barba, sobrancelhas grossas e olhos castanho claro realçados por uma maquiagem dourada e preta. Meu Deus como eu amo essa combinação de dourado e preto! O boy não só era maravilhoso como sabia se produzir. Amo!
Eu preciso dizer que esse é aquele típico boy dos sonhos? Aquele que você pede ao papai Noel de presente de Natal, que você põe como meta de vida só morrer depois que agarrar um desses, que o pau baba só de olhar e que não adianta só querer, você tem que merecer. Mas estávamos no carnaval, não estávamos? Estávamos! E não custava nada tentar, custava? Não custava!
Eu vou confessar como eu faço. Eu fico tentando fazer contato visual, não gosto de chegar do nada. Faço de tudo pra ter o máximo de comunicação visual possível, e antes que você pense que isso é charminho, isso nada mais é do que inaptidão minha, de não saber o que falar travestida de bicha misteriosa, tento fazer diálogo encarando mesmo, só me aproximo depois de já ter recebido pelo menos um oi pelo olhar.
Então foi o que eu fiz, já estava pra lá da terceira caipirinha, mirei o meu alvo, e não sai de perto, quase rezando pra que o olhar dele se encontrasse com o meu. Ele também estava bebendo e transpirava. Parece loucura ou talvez fosse só a caipirinha mesmo, mas até o suor que saia daquele escravo egípcio (que pra mim já era uma divindade) era sensual, se acumulando formando gotinhas pelo corpo, e eu já com a respiração ofegante e excitado só de olhar.
Eu devo ter me distraído um segundo ou dois, quando cuidei tinha perdido o boy de vista. Procurei por um instante já fazendo a Jhon Travolta, quando escuto alguém falando atrás de mim, não vai parar de olhar? Virei, atônito, o coração já quase saindo pela boca (Ele percebeu que eu tava olhando e eu não percebi que ele percebeu?). Devo ter demorado uns 5 segundos pra responder, o suor e a maquiagem dele reluzindo a luz do sol que se punha, só o que consegui dizer foi, não consigo parar (eu avisei que eu não sei o que falar nessas horas), mas não precisou de muita conversa não. Na verdade, não precisou de mais nada, o boy só veio e me beijou (papai do céu ouviu minhas preces?). Eu queria ter raciocinado, ter pensando no porquê ou como, mas não deu, só o que eu consegui fazer foi tentar decorar todo aquele relevo irregular e rígido com as mãos, como se fosse tentar reproduzir tudo em uma escultura depois. Puxei a cintura dele pra minha, claro que de propósito, queria sentir o volume lá em baixo. Por sorte tínhamos a mesma altura, senti o pau dele encostando no meu, e percebi que o que ele tinha entre as pernas era imponente igual ao dono.
Nesse momento o bloco já estava bem próximo ao Dragão do Mar, e é difícil se agarrar com o bloco andando. Eu senti o pau dele acordando, ganhando vida, e nós precisávamos resolver logo aquilo. Eu falei no ouvido dele, banheiro, ele respondeu no meu ouvido, eu vou na frente.
E foi no banheiro do Dragão do Mar mesmo, na parte de cima. Eu fui já colocando um Halls preto na boca. Aliás, vocês já chuparam alguém ou foram chupados com um Halls preto na boca? Se não, pare de ler esse texto e vá fazer isso agora, depois você volta aqui e termina. Eu cheguei no banheiro e ele estava de frente para o espelho ajeitando o cabelo, fui pra pia ao lado e comecei a lavar as mãos, uma jogada quase ensaiada, era só pra saber se a área está limpa. Sem dizer nada ele entrou em um dos boxes, tive que enrolar mais um pouco pra esperar dois caras saírem do banheiro e então entrei no mesmo boxe que ele. O boy já tinha tirado o saiote da fantasia, revelando uma cueca boxer cinza de algodão da Calvin Klein e um pau maravilhoso que quase não cabia na cueca e estava doido pra sair. Por sinal, se você que está lendo esse texto quiser me comer um dia, use uma cuequinha dessas, vai ganhar muitos pontos comigo
Pele de caramelo! Todo pra mim! Um homem desses você tem que aproveitar cada pedaço, mas nesse contexto não tínhamos tempo. Fui ajoelhando sem perder a chance de esfregar a minha cara em cada gominho daquele abdômen rochoso, até que eu me ajoelhei completamente e fiquei de frente para aquele poderoso volume. Ele guardava o pau para o lado esquerdo, olhando de frente, o volume passava da crista ilíaca (aquele ossinho saliente da ponta da bacia). Mordi levemente por cima da cueca, e ele já começou a gemer. Enfiei as mãos por dentro da cueca pela parte de trás do quadril, apertando aquela bundinha enxuta e dura, baixei sua cueca começando pela parte de trás, finalmente revelando seu instrumento. Falar que o pau dele era grande e não falar mais nada não tem graça né? Então vamos lá.
A envergadura na verdade era pra cima, ele só guardava para o lado esquerdo, e essa envergadura somada àquela rigidez fazia sua rola parecer um foguete, coberto de veias que pareciam cabos de aço. A musculatura da parte inferior saltava e só ela já era suficientemente grossa, como se tivesse um outro pau anexado ao pau. A cabeça era um show a parte, com cor de morango, lisa e com bordas ainda mais grossas que o tronco. O saco era inchado e pendia majestosamente, como um trono de ouro que adorna um rei poderoso. E não se esqueçam da cor, essa maravilha tinha cor de caramelo.
Agarrei seu pau pela base e passei alguns segundos passando o tronco levemente no meu rosto, de olhos fechados e usando a cara toda para acariciá-lo, apenas sentindo sua imponência com a pele do rosto. Durante esse tempo eu fiquei pensando se começava a chupar pelo saco ou pela cabeça, e resolvi começar pelo saco. Coloquei uma das bolas toda na boca, mas era impossível colocar as duas por conta do tamanho. Abri os olhos e sem tirar seu ovo da boca olhei pra cima. Que ângulo maravilhoso para se apreciar aquele homem, a sua rola bem no meio da minha cara passando da minha testa, aquele relevo abdominal extremamente irregular e montanhoso, crescendo até chegar no seu rosto contraído de prazer, seus braços abertos fazendo seu corpo formar uma cruz, suas mãos seguravam e apertavam firmemente as bordas do boxe. Crucificado de prazer e eu era seu crucificador. O suor fazendo sua pele brilhar como uma divindade, era hora de mamar naquela rola.
Soltei seu saco e fui direto pra cabeça. Na primeira lambida, passando do meio da língua até ponta, eu já senti o seu pré-gozo, e a minha fome que já estava grade ficou incontrolável. Eu queria mais, eu queria tudo, queria aquela pica jorrando gala na minha boca, fazendo-a se encher daquele manjar dos deuses quentinho direto da fonte. Comecei a mamar naquela cabeça incontrolavelmente, o boy se esforçando ao máximo para não gemer e fazer barulho. Ele colocou as duas mãos no meu rosto, encostou a minha nuca na parede e começou a fuder na minha boca, empurrando e forçando a rola entrar mais do que eu o que a minha boca conseguia abarcar. O meu pau já estava rachando de tão duro, botei-o para fora e comecei a me masturbar enquanto ele enterrava a rola na minha boca. As duas mãos dele agora seguravam a borda do boxe que eu estava encostado para auxiliar no movimento. Por incrível que pareça, eu gozei primeiro do que ele, e logo em seguida ele gozou, jorrando como um cavalo, e eu bebi tudinho, não queria desperdiçar nada.
Ele ficou alguns segundos parado naquela posição, eu tirei a pica dele da boca e beijei o seu tronco levemente enquanto nossa respiração ia voltando ao normal aos poucos. Me levantei, ele se vestiu, eu guardei o pau, nos abraçamos, ficamos alguns segundos abraçados e tive a impressão de que a nossa respiração estava sincronizada. Nos soltamos, nos despedimos e nos separamos. Só quando cheguei em casa que me toquei que não dissemos nossos nomes, mas acho que foi melhor assim, não quero descobrir quem ele é, só quero lembrar pra sempre que chupei aquele homem com cor de caramelo.
*** FIM ***
Texto originalmente publicado no blog Barco Furado.